Depoimento: Michelle

20:53 2 Comments A+ a-

Meu nome é Michele e tenho 20 anos. Passei por um processo muito dif[icil, estou escrevendo pois por mais que as pessoas dizem que passou pra mim é como se cada dia que passa fosse o mesmo.

Já tive duas gravidez anembrionárias.

Como todas vcs no seus depoimentos dizem vou repetir pois da mesma forma que para vcs tenha sido dificil e buscam respostas para o que está acontecendo eu também venho em busca de ajuda ou até mesmo um consolo.

Minha primeira gestação foi em abril no começo do mês havia descoberto que estava grávida foi o momento mais feliz da minha vida é como se tudo o que eu havia sonhado fosse se realizar, da turma da escola sempre fui a que mais queria ser mãe, porém a última a estar grávida, meu marido que tem 33 anos ficou muito feliz afinal nosso primeiro filho.

Passado uma semana já havia feito a primeira consulta do pré natal, e pela surpresa iria fazer o primeiro ultasson. Foi quando veio a bomba, pela minha tristeza descobri que tinha tudo um saco getacional, a vesicula, porém menos o meu bebê tão esperado, não conseguia parar de chorar porém a médica disse que ela apareceria com o
tempo.

Depois disso fiz um ultrassom após 15 dias, e a minha resposta nada de embrião, foi como se passasse um filme na minha cabeça passei pela minha primeira curetagem dia 24 de abril de 2007, tentei ser forte e passou, foram deixados os sonhos o enxoval, o quarto enfim tudo para trás, enfim dei a volta por cima e 2 meses e meio depois a grande noticia grávida novamente, mais enfim não vou entrar muito em detalhes porém pois foi igual a outra senti os sintomas senti tudo mais novamente passei por uma curetagem muito dificil dia 10 de agosto deste mês.

E dessa vez está sendo muito mais dificil pois os sonhos de ser mãe começam a sair do meu pensamento e pensar que nunca vou conseguir realizar o sonho da maternidade. Estou escrevendo pois estou muito trste hoje descobri que minha irmã que tem apenas 16 anos está grávida e graças a deus não tem problemas em sua gestação.

Mais começo a pensar por que tem que ser assim um casal com estrutura não consegue ser pais, e uma criança sim pois nem sabe como segurar um bebê e outra que venho por descuido.

Espero receber resposta pois não sei o que fazer, muitas vezes tenho vontade de desistir de tudo, até mesmo pela vida.

Por que tem que ser assim?

Michelle enviou seu depoimento por e-mail no dia 9 de setembro de 2007.

2 comentários

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Katu Ribeiro
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28/9/07 16:40 delete

Olá Michelle, meu nome é Katiuscia, moro em Guarulhos e também tive uma gravidez anembrionada.

Meu pesadelo começou na última 3 feira, dia 18 de setembro, quando amanheci com um sangramento escuro, exatamente um mês depois de realizar o exame de sangue com resultado POSITIVO.

Tenho um filho de 2 aninhos. Ele se chama Pedro e meu maior sonho era ter um segundo bebê agora com uma diferença de idade pequena para que eles se curtissem o máximo. O Pedro já brincava com a minha barriga, beijava, e contava para o "irmãozinho" o que ele estava fazendo.

Minha consulta do pré-natal estava agendada para o dia 21, mas na 3 feira, com a quele sangramento, liguei para meu ginecologista e ele me pediu um ultrasom normal. O médico do ultrasom disse que era uma gravidez inicial e por isso não conseguíamos ver o bebê. Bem, eu já sai no laboratório chorando, pois sabia que ALGO NÃO ESTAVA BEM e pelas minhas contas não eu não estava com a gestação tão iniciante assim.

Na manhã seguinte, fui conversar com o ginecologista e a BOMBA confirmou..... gravidez anembrionada ou ovo cego. Foi a maior decepção da minha vida, pois foram expectativas e sonhos da família crescer, TUDO POR ÁGUA ABAIXO. Como podia ser? Tive uma gravidez normal do Pedro, sem problema algum e agora ISSO!!!!!

Então na 5 feira comecei a sangrar para expelir o que estava dentro de mim.... e o mais frustante é ter dor de parto e ter que expelir algo que é NADA.... Comecei a perder muito sangue a ponto de quase desmaiar na minha casa e então meu marido me levou para o hospital enquanto o Pedro ficou com a minha irmã, minha amigona eterna.

Na 6 feira, nas tentativas frustadas de expelir naturalmente o saco gestacional e a placenta, era quase 2 horas da tarde, entrei no centro cirúrgico para a curetagem. Me senti invadida, como se arrancassem algo muito precioso de mim. E, por incrível que pareça, exatamente na mesma hora, a professora do Pedro ligou para meu marido dizendo que ele estava com quase 38,5 de febre. Coincidência?! Eu não acredito em coincidências. E no final de semana o Pedro ficou com conjutivite e a febre só foi cessar na 3 feira.

Estou me recuperando, voltei a trabalhar na 4 feira, dia 26, muito abatida, mas NÃO DERROTADA.
Michelle, acredite, Deus é o nosso Pai e Ele sabe realmente o que é melhor para nós. Estou me agarrando na Palavra de Deus para conseguir superar este momento tão recente na minha vida. Fico pensando....nós não provocamos nada para ter estes abortos, foi natural,.... imagine.... eu não gostaria de ter um bebê deficiente ou com problemas de mal-formação e, acredito que muito menos você. Somos novas, você tem só 20 anos e eu estou um "pouquinho" mais velha, faço 34 anos no dia 15 de outubro. Imagina, este bebê era meu presente de aniversário.

Minha Linda, fique com Deus e espero que as minhas palavras acalente um pouquinho o teu sofrimento e, por incrível que pareça, quatnto mais a gente fala sobre a nossa experiência, MAIS FORTE A GENTE FICA.

Milhões de beijos no teu coração.

NÃO DESISTA NUNCA DO TEU SONHO DE SER MÃE. É MARAVILHOSO.

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Anônimo
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4/12/07 16:05 delete

Olá Michelle , também perdi o meu bebê e estava com oito semanaquando soube que não tinha batimentos cardiacos , fui fazer ultrason dia 5 de outubro estava na quinta semana e conseguia ver o embrião , sa segunda dia oito comecei a sangrar , a medica me assou um medicamento que feez com que houvesse um desenvolvimento , mas não foi pra frete , Desu sabe de todas as coisase devemos dar graças em todas as situações , vc tem 20 anos , eu vou fazer 35 , não perca a fé , vc te muuuuito tempo pela frente, dê um tempo maior para tentar e peça a Deus que que ele te prepare para ser mãe! vai ai uma mensagem pra vc!
A graça está no que acontece
Precisamos enxergar as perdas e desilusões sob a ótica do amor de Deus
A+A-
Muitas vezes nos questionamos e entristecemos diante das contrariedades que nos acontecem. Não é raro gastarmos um grande espaço de tempo procurando entender tais situações e nos perguntando: Por que a vida tem que ser assim? Por que as coisas aconteceram assim e não de outra forma? É difícil manter-se estruturado quando as coisas não saem da maneira que planejamos; mas, é preciso compreender que em tudo o que nos acontece se aloja um recado do Criador para nós.


É no real, no concreto de nossa vida, que Deus age e nos molda. O Senhor não deseja nosso mal, todavia, Ele se aproveita até das escolhas erradas que fazemos e dos sofrimentos que nos assolam, para nos formar e fazer crescer.


É preciso enxergar na realidade a ação de Deus, e é necessário contemplar a realidade como olhos de realidade, sem máscaras e ilusões. Por mais duras que sejam as situações que nos aconteceram, é preciso entender que estas portam algo de novo e que têm muito a nos ensinar. Muitas vezes, é somente a partir da destruição de coisas antigas que uma obra nova pode nascer.


A graça está no que acontece, e não no que gostaríamos que acontecesse... Por mais que não compreendamos nossas perdas e desilusões, precisamos enxergá-las sob a ótica do amor de Deus, desvelando assim o que o Senhor diz e faz, mesmo em meio a tais situações.


Principalmente no "campo minado" de nossos relacionamentos e afetos, experienciamos ausências e dores que provocam em nós um vazio sem significação... Contudo, aprendemos muito quando temos sensibilidade para entender que as pessoas não têm a obrigação de nos amar da maneira que desejamos e que não podemos escravizá-las em nossas carências.


É a verdade contida em nossas experiências que nos faz crescer e entender o que somos e o que Deus tem para nós. Só Deus nos basta; e com Ele o ser é capaz de enfrentar sua realidade e superar suas decepções, reconstruindo assim a capacidade de amar e de acreditar na vida.


Que as lágrimas da dor não nos roubem a esperança do amor. Creiamos que o real é o espaço do crescer e que mesmo aquilo, que hoje nos frustra, poderá nos fazer crescer e ser mais.


É necessário acreditar sempre na força do bem e do amor, os quais nos fazem enxergar a vida com sobriedade, assumindo a verdade e perpetuando a tarefa de iluminar, na força do Espírito Santo, toda e qualquer situação de nossa história.


Extraiamos – do que vivemos no hoje – a graça que Deus reservou para nós e cooperemos com Ele na construção, mesmo partindo das ruínas, do novo ser que Ele deseja compor em nós.




Adriano Zandoná
artigos@cancaonova.com

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