Depoimento: Priscila

01:46 10 Comments A+ a-

Venho contribuir com vocês um pouco sobre o que vivi e aprendi sobre
gravidez anembrionária.

Tento engravidar há quase 5 anos, tive endometriose leve e fiz uma cirurgia
de videolaparoscopia em 2009, achei que seria impossível engravidar de
método normal, estava tudo pronto com meu GO para fazermos o coito
programado, onde eu tomaria uma injeção para maturidade dos folículos, só
estava esperando descer minha menstruação para iniciar o processo, foi
quando tive uma surpresa, minha menstruação atrasou e tirei um exame de
Beta HCG que deu positivo.

Vocês não imaginam a minha alegria e a do meu esposo em saber que estava
grávida, logo contei para todos que também vibraram pelo nosso sucesso.

Tirei minha 1ª Ultra com 5 semanas, não dava ainda para visualizar o
embrião, porém tinha saco gestacional, vesícula vitelina, e estava bem
posicionada no útero, meu GO pediu para eu tirar novamente uma Ultra após
10 dias que daria para ver o embrião.

Como já tinha ouvido falar em gravidez sem embrião, sabia que poderia
acontecer comigo, ou seja, enquanto eu não visse o embrião não estava
tranquila.

A médica na Ultra disse não estar vendo nada além do saco gestacional e da
vesícula, não tinha batimento, e considerou a Ultra inválida, pediu que eu
esperasse alguns dias e repetisse para confirmar o diagnóstico de gravidez
anembrionária.

Como minha ansiedade era muito grande, não consegui esperar até a próxima
Ultra, e pesquisando neste blog descobri que o HCG no sangue aumenta
muitíssimo a cada 48 hs nas mulheres gestantes, portanto resolvi tirar
novo exame de HCG onde minha taxa deu de 43.000,00 equivalente à 5 semanas
de gestação. Voltei a ter esperança, o médico poderia ter errado nas
contas, afinal, eles contam a data da última menstruação e não a data da
concepção.

Após 48 hs tirei novo Beta HCG com a expectativa de ter dobrado a taxa,
foi quando meu mundo desmoronou, minha taxa deu 22.000,00 - caiu pela
metade, alí já sabia que não estava mais grávida, chorei muito, pensei
como é possível sentir tanta falta de alguém que não conheço, ou que ainda
não está em mim, mas que esperei tanto que viesse ao mundo... Tirei um
novo ultra só para confirmar o resultado.

Descobri com todas as pesquisas que fiz, que gravidez anembrionária é
comum em 20% das mulheres (uma a cada cinco mulheres) tem este tipo de
gravidez.

O médico disse que provavelmente eu vou expelir de maneira natural e que a
partir do próximo ciclo posso tentar de novo.

Sei que se você está lendo este depoimento deve estar com muito aperto no
coração por desconfiar do seu diagnóstico, cada mulher tem um caso
diferente e o seu pode não ser igual ao meu, mas se for, saiba que você é
uma mulher MARAVILHOSA e pode tentar novamente.

Boa sorte à nós e entregue toda sua confiança nas mãos de Deus.

Priscila enviou seu depoimento por email em 25 de julho de 2011

Depoimento: Mari

01:44 1 Comments A+ a-

Sou casada há 4 anos, e no dia 10.05.11 descobri que estava grávida. Fui ao ginecologista, com o exame de sangue positivo, e ele me encaminhou para a realização dos primeiros exames do pré-natal.

Assim que sairam os resultados dos exames eu voltei ao consultório, empolgada, porque segundo meus cálculos estaria de aproximadamente 8 semanas, e conforme havia pesquisado já poderia ouvir o coraçãozinho do bebê.

No início da consulta meu ginecologista estava tranquilo, conversavamos normalmente, até a hora em que ele começou a realizar o procedimento do ultrassom. Percebi que algo estava errado. Ele então me disse que não estava conseguindo localizar o embrião dentro do saco gestacional, e que portanto, provavelmente eu estaria tendo uma gravidez anembrionada. Ele então pediu um novo ultrassom transvaginal para confirmar o laudo.

Fui no dia seguinte para realizar o exame. Já havia pesquisado tudo sobre o assunto na internet no dia anterior, mas ainda tinha uma esperança de que o laudo estivesse errado ou que o equipamento estivesse com algum defeito.

O médico que realizou o exame deu o mesmo parecer e naquele momento eu senti meu mundo acabar. Todas as minhas expectativas foram frustradas de repente. Naquele momento pude realmente entender o que as mulheres que passam por essa situação sentem. Pois só quem vive um aborto para saber a dor da perda de um fllho.

Meu médico conversou comigo, me esclareceu as possibilidades daquele momento e optamos juntos por realizar o procedimento de curetagem no dia seguinte.

Fui internada no hospital às 10h00 da manhã. Me deram soro com medicamentos para dilatação, e às 11h30 fui encaminhada para o centro cirúrgico. O procedimento foi relativamente tranquilo, não senti dores fortes, apenas algumas cólicas. Às 16h30 do mesmo dia tive alta e fui para casa.

Meu médico recomendou que eu ficasse afastada do trabalho por uma semana, segundo ele, não pelo físico mas pelo psicológico, resolvi voltar ao trabalho três dias depois para ocupar minha mente e não pensar bobagens.

Tento não pensar muito no assunto, ainda não tive coragem de contar para muitas pessoas e nem consegui abrir a gaveta com as roupinhas do bebê.

Espero que Deus nos dê forças para superar esses tristes episódios e nos dê graça de ainda ter muitos filhos saudáveis.

Mari enviou seu depoimento por email em 6 de junho de 2011