Imagens de ultrasonografias de gestações anembrionárias

14:13 110 Comments A+ a-

Traduzido do site http://www.obgyn.ufl.edu/ultrasound/4Gyn/1First%20TM/9Anembryonic.html

Uma gestação anembrionária é aquela onde um embrião visível nunca se desenvolve dentro do saco gestacional. Pode haver a vesícula vitelina, mas um pólo fetal não é visto. Há suspeitas de uma gestação anembrionária se a vesícula vitelina não é vista quando o saco gestacional atinge um tamanho de 10mm ou mais, ou quando não é visualizado um pólo fetal quando o saco gestacional tem 18mm ou mais de diâmetro.

Evidências que comprovem o diagnóstico: histórico clínico de idade gestacional mais avançada do que o visualizado por ultrassom; presença de cólicas ou sangramento; ou anormalidades no próprio saco gestacional.

Antes de tomar qualquer providência definitiva para evacuação do útero, o médico deve se perguntar: "há alguma chance dessa gestação estar ainda no início?" Se há alguma dúvida, o melhor procedimento é repetir o exame uma semana depois. Se o saco gestacional não cresceu neste período, ou nenhuma estrutura de gravidez normal apareceu, o diagnóstico é confirmado.

Alguns médicos acompanham o nível de BHcg no sangue, mas os resultados não são suficientes para a decisão por um procedimento definitivo (por exemplo, recomendação de evacuação do útero).


Útero retrovertido com uma gestação anembrionária. O saco media 22mm de diâmetro. Há uma membrana, mas não há vesícula vitelina nem pólo fetal.


Gestação anembrionária com vesícula vitelina, mas sem pólo fetal. O saco gestacional media 14mm, e o diagnóstico não foi confirmado até outro exame uma semana depois que mostrou parada no crescimento do saco.


Achatamento do saco gestacional em gestação anembrionária.



Se o saco gestacional é retido no útero por um longo período de tempo, o termo "aborto retido" é geralmente usado. Nestes casos, a placenta se degenera, deixando lacunas, onde o fluxo de sangue pode ser observado através da ultrasonografia.

Tentar de novo após o aborto

18:54 7 Comments A+ a-

do site Meu Bebezinho

Os dias, semanas e meses que se seguem a um aborto são extremamente difíceis, sobretudo se esta não foi a primeira perda ou se a gravidez foi alvo de um cuidado planeamento.

Estratégias para lidar com esta situação

Após um aborto, o casal tende a experimentar doses variáveis de dor, mágoa, depressão, cansaço e um grande sentimento de perda.

Embora seja uma situação que afete ambos, não há dúvida, até por uma questão biológica, que é a mulher quem tende a sentir-se de alguma forma responsável por aquilo que aconteceu.

Ainda que compreensíveis, estes sentimentos de culpa não têm qualquer fundamento. Na realidade, o aborto é algo sobre o qual a mulher não tem qualquer controle.

Há dois aspectos que o casal que passa por esta situação não deve menosprezar, se pretende seguir em frente com a sua vida e com o seu projeto de aumentar família:

- Evitar os sentimentos de culpa - Nem a mulher nem o homem podem ser responsabilizados pelo sucedido. O casal deve tentar conversar sobre o assunto, por mais penoso que seja, e fazer os possíveis para superar essa perda. Há que dar tempo ao tempo.

- Aconselhamento psicológico - Trata-se de uma pedra basilar na recuperação de qualquer casal que tenha perdido o seu bebê. Com a ajuda do psicólogo, o casal percebe que não deve rejeitar os seus sentimentos e emoções, devendo antes falar sobre os mesmos.

Além das sessões com o psicólogo, o casal não deve isolar-se do resto do mundo, devendo ao invés procurar outros que já tenham passado pelo mesmo, para desabafar e partilhar sentimentos.

Desta forma, o casal toma consciência que, afinal, não está sozinho na sua dor. Mas mais importante do que isso, o casal percebe-se que a maioria dessas pessoas acabou desenvolvendo uma gravidez e parto saudáveis.

O aborto e a fertilidade

O aborto não afeta a capacidade da mulher poder engravidar num futuro próximo. Com efeito, a maior parte das mulheres que já sofreu um aborto desenvolve, mais tarde, uma gravidez saudável.

Mas atenção. Embora não haja qualquer inconveniente em tentar engravidar depois de um aborto, os médicos aconselham a esperar cerca de três meses – há especialistas que apontam um máximo de seis meses – para reduzir o risco de outro aborto.

Se, por um lado, a recuperação física da mulher é essencial para o sucesso de uma nova tentativa de gravidez, o mesmo acontece em relação ao seu estado emocional.

É preciso ter em conta que nem sempre a recuperação do corpo coincide com a prontidão psicológica e emocional da mulher. Antes de voltar a tentar engravidar, a mulher, juntamente com o companheiro, deve ter a certeza de que estão preparados psicologicamente para o fazer e para, eventualmente, suportar um novo imprevisto menos agradável (outro aborto).

Quando o casal decide tentar mais uma vez, a mulher deve seguir quatro regras básicas para que a nova gravidez corra pelo melhor:

- Manter uma atitude positiva em relação à nova gravidez (esquecer o passado e pensar no futuro).
- Descansar bastante.
- Evitar o stress.
- Desabafar as suas ansiedades e preocupações com o companheiro e, caso seja necessário, com o próprio médico.

A mulher deve ainda seguir uma dieta nutritiva e, se for caso disso, alterar certos hábitos de vida relacionados, por exemplo, com o consumo de álcool, café e tabaco.

O aborto habitual ou de repetição

Quando uma mulher aborta três vezes seguidas a situação é designada por aborto habitual.

De acordo com dados estatísticos, mesmo as mulheres que abortaram três ou mais vezes seguidas possuem entre 70 a 85 por cento de probabilidades de levar uma próxima gravidez até ao fim.

No entanto, vários abortos seguidos podem indiciar qualquer tipo de problema (por exemplo, uma infecção que, de uma maneira ou de outra, pode estar afetando a fertilidade. Por outras palavras, o aborto habitual não é uma causa, mas pode ser um sintoma de infertilidade.)

A mulher nestas condições deve recorrer a um especialista para confirmar se o seu problema é motivado por um determinado fator susceptível de ser corrigido ou tratado.

Depoimento: Denise

15:41 9 Comments A+ a-

Meu nome é Denise e em 28 de Agosto de 2006 fiz o teste de gravidez e deu positivo. Foi uma gravidez planejada era o primeiro filho, neto, sobrinho a alegria era contagiante, contei para todos os meus amigos. Meu marido não parava de alisar a minha barriga.

Eu já preparava o enxoval do bebê bordando uma linda manta dos Ursinhos Carinhosos de uma revista comprada a muito tempo na intenção de uma gravidez futura, mas no dia 04 de Outubro de 2006 tudo se transformou em pesadelo. Eu não acreditava que estava acontecendo comigo, uma pessoa saudável nunca tive qualquer doença séria.

Comecei um leve sangramento, fiz ultrasson e o médico disse que eu estava não com 2 meses, mas com 6 semanas. Eu não entendia nada, mesmo sendo Auxiliar de Enfermagem há 10 anos. Então a suspeita passou pela minha cabeça de uma Gravidez anembrionada e isso dixava-me desesperada.

Depois de dois dias o sangramento voltou repeti o ultrasson e veio a confirmação, realmente era uma gravidez anembrionda. Meu mundo desabou me senti tão incapaz, incompetente como mulher e reprodutora.

Ainda esperei mais 10 dias para que tudo acontece naturalmente, mas não teve jeito fiz uma curetagem.

Hoje já tem 02 meses, mas a tristeza bate e as lágrimas ainda rolam quero tentar de novo e o medo surge de me outra decepção surge, não é fácil e minha vida nunca mais será a mesma.

Denise enviou seu depoimento por e-mail no dia 3 de janeiro de 2007.