Avaliação de exame de ultrassom

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(traduzido do site: http://www.obgyn.ufl.edu/ultrasound/4Gyn/1First%20TM/9Anembryonic.html)

Aborto espontâneo - gestação anembrionária

Gestação anembrionária é aquela em que um embrião visível nunca se desenvolve no saco gestacional. Pode existir uma vesícula vitelina, mas o polo fetal não é visualizado. Esta condição é eventualmente chamada de "ovo cego".

Há a suspeita de uma gestação anembrionária se não se consegue visualizar a vesícula vitelina quando o saco gestacional atinge um diâmetro de mais de 10mm, ou quando não se vê o polo fetal quando o saco gestacional tem mais de 18mm de diâmetro.

Evidências para comprovar o diagnóstico podem ser um histórico clínico de uma idade gestacional mais avançada, a presença de sangramento ou cólicas, ou anormalidades do saco gestacional em si.

Antes de tomar uma decisão de evacuar o útero, o médico deve sempre se perguntar: "Por acaso, a idade gestacional dessa gravidez é bem pequena?" Se há dúvidas, é melhor repetir o exame uma semana depois. Se o saco gestacional não crescer e as estruturas de uma gravidez normal não aparecer, o diagnóstico é confirmado.

Alguns médicos pedem exame de Beta HCG neses casos, mas os resultados geralmente não são suficientemente definitivos para indicação de tratamento, isto é, recomendação de evacuação do útero.

Ovo cego é a causa de 6% das gestações inviáveis

20:49 1 Comments A+ a-

A Universidade de São Paulo fez uma pesquisa sobre ameaça de abortamento no primeiro trimestre. O sintoma mais comum da ameaça de abortamento é o sangramento vaginal.

Da amostra coletada, quase 50% das mulheres que tiveram sangramento tiveram suas gravidezes interrompidas. Dessas, 6% foram por gestação anembrionada.

Veja a pesquisa na íntegra.

Depoimento: Debora Gimenes

21:25 3 Comments A+ a-

"Em março de 2002 eu engravidei do meu primeiro filho, estava com 28 anos, fiquei muito feliz e não acreditava, pois era a coisa que eu mais queria naquele momento.

Eu descobri que estava grávida com 11 semanas, numa consulta rotineira, pois sempre tive problemas com minha menstruação, às vezes ficava até 45 dias sem vir e depois descia normalmente, sem cólicas ou maiores desconfortos.

A médica pediu para que eu fizesse o ultrassom da translucência nucal com 14 semanas. Uma semana antes de fazer o exame eu tive um pequeno sangramento. Antecipamos o exame para o dia seguinte, quando o médico disse que não via nenhum feto.

Fiquei apavorada sem entender nada, ele me explicou que poderia ser um ovo cego (gravidez anembrionária) ou eu estar grávida há pouco mais de duas semanas, pois o embrião só aparece com quatro semanas aproximadamente. Mas eu tinha certeza que estava com 13 semanas.

Minha medica pediu para que eu esperasse mais duas semanas, e fizesse um novo ultrassom. Naquela época eu já estava apavorada e muito triste, mas não conseguia chorar, um dia antes do segundo ultrassom tive um sangramento mais forte.

Quando cheguei ao laboratório a médica havia confirmado o ovo cego e aborto retido. Ela mandou que eu tomasse um determinado remédio para que a placenta se dissolvesse e eu não precisasse de curetagem.

O que era para ser uma semana de espera foram dez dias até que eu começasse a ter contrações e muita hemorragia. Fui levada às pressas para a maternidade, onde fui internada e depois feito uma curetagem, no outro dia bem cedo eu estava em casa.

Minha menstruação voltou normal no mês seguinte. A médica pediu para eu ficar sem ter relação por um mês, fiz a curetagem no dia 05/07/2002, voltei a ter relação no dia 20 de agosto, mas por conselho da medica eu só fui pensar em programar outro filho em dezembro.

Em fevereiro de 2003 ocorreu então o grande milagre, minha menstruação desceu normalmente e fielmente nesses sete meses pós-curetagem, estava desestressada, nem pensava em ter outro filho naquele momento. Em março minha menstruação atrasou uma semana e fiz o teste de farmácia, confirmada a gravidez na médica.

Fiquei muito feliz e ansiosa essa gravidez teve um começo estressante, pois tive começo de sangramentos duas vezes, mas o ultrassom feito nada mostrou.

Sofri muito com essa experiência que me deixou abalada, lembro de chorar sozinha, de não querer ter ninguém ao meu lado e de principalmente ter que agüentar os comentários de terceiros, como: 'Coitada, será que ela poderá ter outros filhos? Será que não era gravidez psicológica? Você vai ter que fazer um tratamento agora não vai?'

Esse tipo de pergunta me deixava muito irritada fez com que me afastasse das pessoas, por causa do soro que tomei na internação engordei um pouco mais e tive que entrar na academia, o que aliviou muito meu estresse.

Uma coincidência foi que quando fiz o ultrassom morfológico e descobri que estava grávida de um menino, foi no mesmo dia da curetagem 05/07, um ano depois, vi meu filho perfeito, meu sonho quase realizado e pude ver meu marido feliz.

Espero poder ajudar pessoas que estejam passando por uma situação assim com esse depoimento e mais ainda, poder dizer que nunca podemos deixar que situações ou pessoas façam que desistimos de nossos sonhos."

Débora Gimenes

Bem-vindos!

20:07 29 Comments A+ a-

Em 2003 perdi a minha primeira gestação. Causa: ovo cego, gestação anembrionária. Na época, fiquei muito abalada e pesquisei muito sobre o assunto e encontrei poucas referências em português. Tive então o desejo de criar um site/blog para poder informar às brasileiras um pouco mais sobre essa anomalia de uma gravidez mal sucedida. Demorei um pouco, mas finalmente consegui criar esse espaço.

Se você já passou por isso, ou está passando e quer respostas, escreva para mim. Aos poucos vou colocar mais textos e depoimentos aqui.